"Recent evidence suggests that single words can, under certain circumstances, elicit wholly automatic neural responses in the absence of conscious awareness. However, such responses last for a few seconds at most and, unsurprisingly, occur in regions of the brain that are associated with word processing"
"Jumping to the conclusions" os autores referem que os achados de ativação cerebral nestes pacientes refletem "algum grau de consciência e cognição". Assim sendo, uma parcela (sim, pequena!) daqueles pacientes ditos em coma ou em estado vegetativo pode estar consciente. A partir daí podemos imaginar que aquele nosso avô querido ou aquela tia distante que estava em estado vegetativo poderia, na verdade, estar sofrendo ou em desespero por estar consciente de sua condição e de sua impotência perante ela. Obviamente esta é uma interpretação dos resultados reducionista e perigosa. A mente como propriedade emergente do cerébro não pode ser reduzida a um par de hipocampos ativados ou a ativações elicitadas por tarefas imaginativas do tipo "imagine-se jogando tenis". A ativação cortical não nos fornece qualquer evidência de fluxo de pensamentos, memória, auto-consciência, reflexão, representação e em última instância de vida mental sob o aspecto qualitativo. Nos falta aqui a Fenomenolgia. Como dizia Descartes: Cogito Ergo Sum!
Monti, M., Vanhaudenhuyse, A., Coleman, M., Boly, M., Pickard, J., Tshibanda, L., Owen, A., & Laureys, S. (2010). Willful Modulation of Brain Activity in Disorders of Consciousness New England Journal of Medicine, 362 (7), 579-589 DOI: 10.1056/NEJMoa0905370
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