Recentemente, em uma entrevista ao The Carlat Psychiatry Report (edição de abril), Scott Small, professor associado do departamento de Neurologia da Columbia University, revelou que, as pesquisas mais recentes em neuroimagem funcional para o diagnóstico de Alzheimer se concentram em um traçador de PET chamado Pittsburgh compound B (PIB). O PIB carrega uma enorme vantagem sobre outros traçadores comuns (que em geral marcam glicose) usados em neuroimagem. Ele se liga especificamente em compostos com ß-amilóide, um marcador histopatológico específico da doença de Alzheimer. O acúmulo de ß-amilóide no cérebro é um dos eventos histopatólogicos sabidamente reponsáveis pelo desenvolvimento desta doença e tal acúmulo ocorre em áreas especificas do cérebro como o córtex frontal, parietal e o corpo estriado.
O PIB é um análogo fluorescente da Tioflavina T e foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Pittsburgh em colaboração com a Universidade de Uppsala, na Suécia. Os pesquisadores suecos apelidaram o composto de "PIB" em homenagem aos americanos.
Em 2004, William E. Klunk e Henry Engler, junto com colaboradores suecos, publicaram os primeiros resultados do uso do PIB em humanos, no periódico Annals of Neurology. O estudo comparou as imagens de 16 pacientes com Alzheimer e 9 controles (6 idosos e 3 jovens) em duas situações: após injeção do PIB e de 18FDG (glicose marcada), como radiotraçadores. O PIB conseguiu, com sucesso, marcar as regiões de depósito de ß-amilóide nos pacientes e controles de maneira a distinguí-los. Entretanto, como todo e qualquer método diagnóstico, há limitações.

A demência de Alzheimer ainda não possui marcadores biológicos inequívocos, sendo o diagnóstico de probabilidade sempre clínico (o de certeza é sempre anatomopatológico). Entretanto, uma série de marcadores candidatos como APOE4, beta-amilóide 42 (Aß42), Tau total e fosfo-tau, podem ajudam a identificar a doença em seu estágio inicial. Os estudos de neuroiamgem caminham na mesma direção...

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